O Ruca
O Ruca cheirava sempre bem. No último dia que nos vimos, no hospital em Windhoek, eu saí do quarto da T. e ele vinha a chegar. Vinha ao fundo do corredor, cheiroso (o Old Spice não cheira assim tão bem, mas nele cheirava), vestido de branco. A camisa de linho por fora das calças, o cabelo molhado, penteado com gel, a barba feita. ‘Maninha!’, disse ele entre um sorriso aberto. ‘Estás uma mulherzinha!’ E abraçou-me. Dei-lhe um beijinho na cara e fiz-lhe uma festinha. Ele sorriu e demos alguns passos abraçados. O Ruca cheirava tão bem.
Já fez 15 anos que se foi. Onde estaria ele agora? Onde estará ele agora?
Já fez 15 anos que se foi. Onde estaria ele agora? Onde estará ele agora?
1 Comments:
É verdade, Irina, o "meu" RUCA cheirava sempre bem. Ensinei-o desde pequenino a que uma água de colónia sempre ajuda.Obrigado por gostares do RUCA, assim de sorriso aberto e cheiroso.
O Pai do Ruca
By Leston Bandeira, at 3:19 da tarde
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