Vinicius
Casou nove vezes. Precisava de estar apaixonado. Sofria de morte quando tudo acabava, mas começava tudo como se fosse a primeira vez. Vinicius de Moraes morreu de cirrose, depois de um sem número de tentativas de reabilitação do seu vício no álcool. O poetinha era, afinal, um poeta maior. O poeta do amor puro, do amor dorido (“O amor só é bom se doer”). Fica um poema.
“É inútil fingir
Não te quero enganar
É preciso dizer adeus
É melhor esquecer
Sei que devo partir
Só me resta dizer adeus
(Peço-te perdão
Mas quero-te lembrar
Como foi lindo o que morreu)
E essa beleza de amar
Que foi tão nossa,
E me deixa tão só
Eu não quero perder
Eu não quero chorar
Eu não quero trair
Porque tu foste pra mim, meu amor
Como um dia de Sol…”
“É inútil fingir
Não te quero enganar
É preciso dizer adeus
É melhor esquecer
Sei que devo partir
Só me resta dizer adeus
(Peço-te perdão
Mas quero-te lembrar
Como foi lindo o que morreu)
E essa beleza de amar
Que foi tão nossa,
E me deixa tão só
Eu não quero perder
Eu não quero chorar
Eu não quero trair
Porque tu foste pra mim, meu amor
Como um dia de Sol…”
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