Açores
Amanhã vou para os Açores. Onze anos depois.
Foram quatro ilhas em 15 dias. S. Miguel, Faial, Pico e São Jorge. Os Açores no seu esplendor. Não importa o sítio onde dormi. E onde comi, apenas me recordo de um ou outro. Porque a perfeição destas ilhas e dos caminhos que percorremos preencheram-me a memória. Foram quatro dias em S. Miguel, numa casa alugada à última da hora, com vista para as lagoas das Sete Cidades. A ilha foi percorrida em carro. A polaroid da minha mente regista o momento mais marcante: a visão da Lagoa do Fogo. Esfrego os olhos porque penso que é uma pintura. Mas também a desilusão: o cheiro insuportável a enxofre nas Furnas e uma notícia triste…
No Faial, as pessoas são do melhor. Mas o Peter’s, o porto da Horta, o vulcão dos Capelinhos, a vista constante que nos mostra a imponente montanha do Pico e as pessoas, mais uma vez as pessoas, que são o mais doce desta ilha.
No Pico, apenas dois dias: no primeiro, chegamos tarde de mais e já não apanhamos o guia que nos levasse ao Pico. Fomos para São Jorge passar mais três dias. Quando de lá voltamos, subimos então ao segundo ponto mais alto de Portugal. A noite foi passada num buraco vulcânico, vestida dos pés à cabeça e enfiada dentro do saco-cama, aconchegada entre o primo e a irmã. A visão matinal é incrível, verdadeiramente lunar. A pior parte: mais de três horas de subida, o frio de rachar, a fome. Valeu-nos o vinho ‘angelica’ dado por uma faialense, que nos aqueceu na subida.
São Jorge. A ilha é totalmente fora do normal. Com uma altura média de 700 metros, as únicas partes que estão ao nível da água do mar são as fajãs, línguas de areia que entram no mar e onde se instalaram algumas das localidades mais importantes, para além de Velas e Calhetas, da ilha. À Fajã mais distante, a de Santo Cristo, chega-se andando (pelo menos meia hora) a pé ou de barco. No único café que lá existe, há apenas duas ou três variedades de bebidas, e os únicos turistas que lá estão somos nós ou um grupo de surfistas hippies instalados há meses. Outra fajã, a do Ouvidor, o senhor do restaurante/taberna/discoteca-na-última-quinzena-de-Agosto preparou a melhor caldeirada do mundo em casa e a trouxe a fumegar pela rua de casa até à nossa mesa. O pior nesta ilha: o carro alugado – um Yugo - e as lebres. Milhares de lebres.
Foram quatro ilhas em 15 dias. S. Miguel, Faial, Pico e São Jorge. Os Açores no seu esplendor. Não importa o sítio onde dormi. E onde comi, apenas me recordo de um ou outro. Porque a perfeição destas ilhas e dos caminhos que percorremos preencheram-me a memória. Foram quatro dias em S. Miguel, numa casa alugada à última da hora, com vista para as lagoas das Sete Cidades. A ilha foi percorrida em carro. A polaroid da minha mente regista o momento mais marcante: a visão da Lagoa do Fogo. Esfrego os olhos porque penso que é uma pintura. Mas também a desilusão: o cheiro insuportável a enxofre nas Furnas e uma notícia triste…
No Faial, as pessoas são do melhor. Mas o Peter’s, o porto da Horta, o vulcão dos Capelinhos, a vista constante que nos mostra a imponente montanha do Pico e as pessoas, mais uma vez as pessoas, que são o mais doce desta ilha.
No Pico, apenas dois dias: no primeiro, chegamos tarde de mais e já não apanhamos o guia que nos levasse ao Pico. Fomos para São Jorge passar mais três dias. Quando de lá voltamos, subimos então ao segundo ponto mais alto de Portugal. A noite foi passada num buraco vulcânico, vestida dos pés à cabeça e enfiada dentro do saco-cama, aconchegada entre o primo e a irmã. A visão matinal é incrível, verdadeiramente lunar. A pior parte: mais de três horas de subida, o frio de rachar, a fome. Valeu-nos o vinho ‘angelica’ dado por uma faialense, que nos aqueceu na subida.
São Jorge. A ilha é totalmente fora do normal. Com uma altura média de 700 metros, as únicas partes que estão ao nível da água do mar são as fajãs, línguas de areia que entram no mar e onde se instalaram algumas das localidades mais importantes, para além de Velas e Calhetas, da ilha. À Fajã mais distante, a de Santo Cristo, chega-se andando (pelo menos meia hora) a pé ou de barco. No único café que lá existe, há apenas duas ou três variedades de bebidas, e os únicos turistas que lá estão somos nós ou um grupo de surfistas hippies instalados há meses. Outra fajã, a do Ouvidor, o senhor do restaurante/taberna/discoteca-na-última-quinzena-de-Agosto preparou a melhor caldeirada do mundo em casa e a trouxe a fumegar pela rua de casa até à nossa mesa. O pior nesta ilha: o carro alugado – um Yugo - e as lebres. Milhares de lebres.